domingo, 31 de julho de 2011

UMA GRANDE CANTANTE CUBANA

Vacina cubana prolonga a vida de pacientes com câncer

Vacina cubana prolonga a vida de pacientes com câncer

31 DE JULHO DE 2011 

O aumento da expectativa de vida em pacientes com câncer, é uma das vantagens dos ensaios clínicos com anticorpos monoclonais feitas para o Marie Curie Cancer Hospital Provincial, na cidade de Camaguey, a 500 quilómetros a leste de Havana.

Lourdes Quesada, chefe do Departamento de Ensaios Clínicos da instituição, informou que as vacinas terapêuticas para o tratamento de tumores malignos levou a que a sobrevivência à doença fosse de mais de um ano depois de esgotar outros recursos.

Ela acrescentou que embora as vacinas não são uma cura para o câncer, demonstraram eficácia na redução de eliminar a dor, ferimentos, a diminuição do consumo de analgésicos e a melhoria da qualidade de vida em doentes terminais.


Entre os ensaios clínicos de anticorpos monoclonais em stand Camagüey sobressaem, particularmente, o da localização da cabeça e pescoço, em quatro fases de experimentação.


(Extraído do Radio Reloj)
PUBLICADO EM


sexta-feira, 29 de julho de 2011

quarta-feira, 27 de julho de 2011

UM MUNDO COMUM PARA TODOS


UM MUNDO COMUM PARA TODOS

Há fragmentos de sentimentos profundos e fortes que, nos levam a lutar por sonhos de justiça no caminho da civilização ideal, o que se chama a utopia dos sonhos. Ser sonhador leva-nos à realidade de rejeitar enérgica e veementemente as injustiças de um mundo que comporta dentro de si o sistema da  sociedade mal engendrada e da mentira.


Não há futuro dentro do sistema de sociedade neoliberal, antro das grilhetas de denominação impiedosa dos senhores da ditadura do poder económico e financeiro, em que segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) todos os anos um terço dos alimentos produzidos no mundo acaba no lixo, ao redor de 1 300 milhões de toneladas de alimentos, o que afecta gravemente a seguridade alimentar.


Não há o direito à vida dentro do sistema de sociedade, quando e enquanto más de 500 000 (meio milhão) crianças correm o risco de morte iminente como consequência de uma grave mal nutrição. Não há futuro enquanto em  zonas do mundo for declarado o estado de fome, como acontece no Corno de África e noutras zonas do planeta terra.
Não há mundo real, enquanto durar e for denominador comum o covil das serpentes venenosas do Capitalismo, usurpadores das riquezas que pertencem ao povo. Não há direitos humanos dentro do sistema de sociedade que engendra a pobreza, a fome, a miséria e tira o direito ao trabalho, ferramenta fundamental da dignidade do ser humano.

Não há liberdade e soberania nacional, enquanto houver poderosos  impregnados de perdição e vícios de subjugar países e povos como as declarações proferidas em entrevista  à revista semanal “Stem” por um ministro da Alemanha O Ministro da Economia alemão, o democrata-cristão Wolfgang Schäuble, propôs em entrevista que os países que foram resgatados financeiramente cedam  à União Europeia (UE) parte de sua soberania. Schäuble não especificou os direitos soberanos que, segundo ele, deveriam ceder os Estados resgatados, mas poderiam ser competências fiscais e orçamentais”

Nos sonhos de justiça não cabem os labirintos sem fim dos antros do crime das guerras, da fome, da pobreza, do desrespeito pelo ser humano. Há outro caminho, o caminho da civilização ideal que, a cada dia que passa, se torna imperioso e urgente construir para pôr termo à política neoliberal de delapidação dos recursos e riquezas dos povos e de alienação da independência e soberania nacionais. O mundo do futuro tem que ser cada vez mais comum para todos.

sábado, 23 de julho de 2011

PENSAMENTOS DE NELSON MANDELA

Ainda há gente que não sabe, quando se levanta, de onde virá a próxima refeição e há crianças com fome que choram.

Lula da Silva culpa Alemanha pela crise na Europa
Ex-presidente do Brasil aponta o dedo ao centralismo alemão e diz que Europa e EUA têm falta de coragem política

O ex-presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou esta sexta-feira a Alemanha por não fazer uma política monetária para evitar a crise nos países europeus.

«Você vê a Grécia quebrando, a Espanha quebrando, Portugal quebrando... porquê? Porque a Alemanha, que tem o poder de fazer política monetária na Zona do Euro, não faz, porque está preocupada apenas com a Alemanha», disse o ex-presidente, em entrevista à Rádio Jornal, de Recife.
Lula da Silva considerou que «há uma fragilidade de liderança no mundo hoje para tomar decisões». «A crise que está acontecendo na Europa e a crise que está acontecendo nos Estados Unidos, no fundo, é falta de coragem de tomar decisões políticas que tem que ser tomadas», afirmou o político brasileiro.
O ex-presidente disse que esses problemas mundiais o motivam a voltar a viajar mais e para voltar a fazer política, seis meses depois de deixar a Presidência do Brasil. Lula da Silva disse que já visitou 20 países neste ano e tem mais 23 viagens marcadas até Novembro. 
O antigo governante anunciou recentemente que retomará acções no Brasil, país que acredita que se tornará a «quinta economia mundial nos próximos anos».
Apesar da vasta agenda de compromissos, o ex-presidente, que completa 66 anos de idade este ano, disse que, «se tiver juízo», vai viver a vida com mais tranquilidade. «O tempo que eu tenho para frente é muito menor do que o tempo que já vivi», considerou, mas disse que não sabe viver «sem fazer política».


Publicado em
22JULHO2011


terça-feira, 19 de julho de 2011

Esta é a forma como a ocupação Yanque apoia o papel dos governos.

Novo escândalo no Iraque: Issues "normal"
ABDUL-MAJID KADER
A última declaração do ministro das Finanças iraquiano, al-Rafie Esawi, levantou muita controvérsia entre a comunidade iraquiana. Em seu depoimento confirmou que o montante total utilizado para a reestruturação da rede de electricidade desde 2003, é "suficiente para todas as famílias iraquianas comprar um apartamento totalmente mobiliado na resorts mais luxuosos da Europa."
Al-Esawi disse que, desde 2003, sucessivos governos do Iraque gastaram no setor de energia elétrica um total de 107 bilhões de dólares. E os economistas dizem que, se esses fundos fossem utilizados e solidamente honesto, a situação no Iraque hoje seria totalmente diferente.
Os Gastos do Iraque no setor elétrico excede os orçamentos de muitos países, enquanto a realidade é que todos os principais sectores iraquianos têm ficado para trás, como a agricultura, indústria e transportes, além de educação, que sempre caracterizou o Iraque e os iraquianos ao longo de sua história.
Os Cidadãos iraquianos não estão convencidos de que um país tão rico como o Iraque é incapaz de resolver a crise de eletricidade que já dura há anos e por onde passou uma incrível quantidade de dinheiro, um montante igual ao orçamento por 20 anos em um país como o Bahrain .
Os problemas de corrupção no setor de energia elétrica continuam.
Passou de 107 bilhões de dólares e os iraquianos ainda vivem no escuro. Esta é a forma como a ocupação apoia o papel dos governos. (De U. S. Zerocracy no Iraque)

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segunda-feira, 18 de julho de 2011

PENSAMENTOS

O SENTIR DO VALOR DAS COISAS


QUADROS DE RECANTOS
Pelo caminhar dos passeios pedrestes, muitas coisas armazenadas vem ao pensamento, quadros retidos na lente filmica da memória, reflectidos nos trilhos do caminho, no arvoredo da paisagem, nas águas do rio ou no horizonte dos montes, exercício do desfolhar do caderno da fonte do quotidiano cénico do teatro da vida.



É um album das vivências e convivências destes lugares tão nossos, retransmitidos na optica visual em procura do belo e do romântico.  Ao cimo o secreto e angélico explendor da Escadaria e da Capela das Pereiras com toda a sua envolvente mistica, cheia de romantismo guardado nos gemidos inexprimiveis da sua estreita quelha. 




 Mais adiante,  deparamos com o  Largo dos Quartéis refelectido no controbado e multiplo  histórial  de funções passadas do “edifício dos quarteis”, fazendo eco para se ouvir o toque das cornetas  inconformadas pela triste aparência do Caramanchão da Lapa, distinto  possuidor do diploma de vedeta de desfiles bairristas, de recanto de enamorados e testemunha dos fenómenos dos fantasmas da meia-noite.

 As Trepadeiras, guarda-de-honra de entrada para o  Parque da Lapa, escondem-se no desalento de abandono do seu fontanário sem água para seu alimento, carpindo a sua mágoa pela pouca beleza e tratamento dos seus jardins, antes medalhados com o encanto das almas penadas da meia-noite do bem e do mal.

Num flash de meditação ouvimos a voz musical do Coreto, esquecido no jardim das notas sem som, apontando a sua batuta lá para as bandas da Sala de Visitas, exigindo que a beleza da sua arquitectura seja mostrada aos rostos da nossa expressão minhota, amantes das formações musicais, em concertos de partituras de notas musicais vivas e com aplausos para todos os executantes da arte das bandas filarmónicas.




No desaguar deste desfolhar de quadros de recantos desta terra linda cantada na poesia de  António Feijó, navegamos de coração caminhante na aprendizagem de sentir o valor das coisas que encantam o gosto de apreciar o belo e desperta  o conceito de pertença, respeito, defesa e conservação do património que é  de todos e para todos.










quinta-feira, 14 de julho de 2011

ASSIM SE VÃO AS NOSSAS RIQUEZAS!

E O POVO A FICAR NUZINHO, E SEM TANGA 

ENTRE 2000 E 2010, FORAM TRANSFERIDOS PARA O ESTRANGEIRO 147.083 MILHÕES DE EUROS DE RENDIMENTOS, CAUSANDO A DESCAPITALIZAÇÃO DO PAÍS

Entre 2000 e 2010, foram transferidos para o estrangeiro rendimentos no montante de 147.083 milhões de euros, repartidos da seguinte forma: 2,2% - 3.266 milhões € - eram rendimentos de trabalho; 26,4% - 38.895 milhões € - tiveram como origem investimentos directos em empresas a operar em Portugal; 35,3% - 51.944 milhões € - resultaram de investimentos de carteira; e 36% - 52.977 milhões € - eram rendimentos de “Outros investimentos”; portanto, 71% dos rendimentos transferidos para o estrangeiro entre 2000 e 2010 – 104.921 milhões € -, resultaram de “investimentos de carteira e de “outros investimentos” que, na sua maioria, não criaram qualquer riqueza em Portugal, limitando a se apropriarem de riqueza interna criada por outros transferindo-a depois para o estrangeiro e, muitos deles, sem pagar qualquer imposto ao Estado porque estes rendimentos de não-residentes estão isentos de impostos. E todas estas transferências de rendimentos beneficiaram grandes grupos económicos e financeiros.

 Eugénio Rosa – Economista – mais estudos disponíveis em www.eugeniorosa.com


quarta-feira, 13 de julho de 2011

REFLEXÕES DE FIDEL DE CASTRO

PENSAMENTOS

 
PENSAMENTO DO DIA EM 1867!!!!   TÃO ACTUAL!!!!
"Os donos do capital vão estimular a classe trabalhadora a comprar bens caros, casas e tecnologia, fazendo-os dever cada vez mais, até que se torne  insuportável. O débito não pago levará os bancos à falência, que terão que ser nacionalizados pelo Estado."

*Karl Marx, in Das Kapital, 1867*
(qualquer semelhança com a actualidade não é mera coincidência)
Depois é assim:
para não gastar os sapatos!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

¿la violencia y el crimen organizado podrán vencer a la razón y la poesía?



¿Estaba Facundo Cabral en el lugar equivocado?
PEDRO DE LA HOZpedro.hg@granma.cip.cu


El asesinato del cantautor argentino Facundo Cabral en Guatemala, el último sábado mientras se dirigía al aeropuerto para viajar a Nicaragua, abrió una terrible interrogación: ¿la violencia y el crimen organizado podrán vencer a la razón y la poesía?
Se sabe, de acuerdo a las investigaciones preliminares de las autoridades guatemaltecas, que el objetivo del atentado no era en primera instancia Cabral, sino el conductor del vehículo, el nicaragüense Henry Fariñas, empresario de la industria de los espectáculos, promotor de la gira por Centroamérica del autor de No soy de aquí ni soy de allá.
Pero a todas luces no fue un hecho fortuito, sino un acto deliberado. La utilización de fusiles de asalto y las características de la emboscada permiten asegurar la existencia de una premeditación criminal. Es casi imposible que los sicarios ignorasen la presencia del artista en el auto.
Cabral (La Plata, 1937) fue un caso singularísimo en la nueva canción latinoamericana. Un verdadero outsider. Hacia el 2007 se describió a sí mismo con mordaz crudeza: "Fue mudo hasta los 9 años, analfabeto hasta los 14, enviudó trágicamente a los 40, y conoció a su padre a los 46. El más pagano de los predicadores cumple 70 años y repasa su vida en la habitación de un hotel que escogió como última morada". En los últimos meses, una larga dolencia de la vista lo dejó prácticamente ciego.
Su música guardaba una relación cercana a la veta folclórica de su país, aunque en ocasiones afloraron influencias de la balada pop y hasta de la movida rockera. A fin de cuentas, la música fue para él un vehículo para la exposición de una ideología en la que el sentido de la justicia y la defensa de los principios humanistas corrían a la par de una perspectiva social anarquista y un misticismo explícito.
Gustaba del verso y del verbo. Acuñó frases célebres: "De mi madre aprendí que nunca es tarde, que siempre se puede empezar de nuevo". "Puedo decir descaradamente que soy un tipo libre y feliz". "La gente es todo lo vieja que quiera ser. He visto algunas muchachas con 20 años y estar totalmente envejecidas, por el contrario, conozco a una muchachita con 83 años, Teresa de Calcuta, que nos enseña a vivir todos los días". "Escapa de los que compran lo que no necesitan, con dinero que no tienen, para agradar a gente que no vale la pena". "El que no está dispuesto a perderlo todo, no está preparado para ganar nada". "Llorar por la muerte es faltarle el respeto a la vida".

A la conmoción que causó en el mundo el asesinato, se sumó desde La Habana Silvio Rodríguez, quien en su blog personal reprodujo el texto de la canción Está la puerta abierta, que Cabral cantó numerosas veces junto a su compatriota Alberto Cortez, que en dos de sus estrofas dice: "Está la puerta abierta / juntemos nuestros sueños / para vencer al miedo / que nos empobreció. // Iremos de uno en uno / después de pueblo en pueblo / hasta rodear al mundo / con la misma canción".

sexta-feira, 8 de julho de 2011

CATADUPA DE TEMPESTADES

A TRETA DOS EMPRÉSTIMOS “AMIGOS”

Quando as gaivotas andam por terra é costume dizer-se que há tempestade no mar. Partindo desta sabedoria popular e reflectindo sobre a catadupa de notícias anunciadas de medidas neoliberais a pretexto da treta dos empréstimos “amigos” para resolver a crise sistémica do capitalismo, originada pelos abutres das tempestades da ditadura do poder financeiro. Os ventos que sopram lá dos lados de S. Bento não nos trazem nada de bom para o progresso do País.

O que aí vem é uma catadupa de tempestades para afundar o viver do dia-a-dia das nossas gentes, é mais e maiores problemas para as famílias, mais pobreza , miséria e fome. Não se pode admitir que a pretexto dos interesses do capital financeiro, da delicadeza do sector financeiro e  dos mercados, sejam impostas e implementadas malfeitorias para se ser despedido, de redução dos salários, de usurpação de metade do subsídio de natal, de aumento das taxas moderadoras na saúde, do gás, da electricidade e a destruição do Serviço Nacional de Saúde. São medidas danosas com o claro propósito e único objectivo de oferecer mais benefícios, mais lucros, maiores fortunas para a imensa minoria dos abutres da ditadura do poder financeiro para sustentar e tentar eternizar  a sociedade maléfica do neoliberalismo.

Basta só meditar no roubo de metade do subsídio de Natal, que constitui um cruel assalto à mão armada à Consoada de 3 milhões de famílias, é uma amostra dos redemoinhos de tempestades da acção devastadora da política e das medidas neoliberais dos novos gestores ao serviço dos seus amos e donos do neoliberalismo. O que comprova a hipocrisia da treta dos empréstimos “amigos” para Portugal.
O caminho não pode ser mais o de satisfação dos interesses dos mercados e da vassalagem aos mandões da notação ou do rating “palavrões pouco conhecidos no vocabulário popular”. “Os instrumentos de avaliação e credibilidade financeira” é o direito ao trabalho com direitos, é produzir mais, é a valorização dos salários, é o investimento público, é o crescimento económico. “A capacidade de cumprir atempadamente com determinadas responsabilidades”, é assegurar rigorosa e determinantemente com o direito à Saúde, à escola pública, a um sistema público de transportes e essencialmente a defesa da democracia e da soberania nacional.

Há outro caminho para vencer as tempestades do mar de vagas alterosas neoliberais. É o caminho do Arco Íris da esperança, nas nossas mãos está a possibilidade de mudança, manifestando o nosso protesto, lutando contra a política de desastre e de afundamento do País, contra o pacto de submissão da Troika que fere o interesse e a dignidade nacionais.  

sábado, 2 de julho de 2011

A BRUTALIDADE DE UM ROUBO

A brutalidade do roubo tirado da cartola do Coelho, gestor das medidas neoliberais para afundar o País.


Extracto da intervenção de Francisco Lopes na Assembleia da República 


"A primeira medida anunciada por este Governo, o saque de metade do valor do subsídio de Natal acima do salário mínimo nacional, aos trabalhadores, incluindo os que estão com recibos verdes, bem como aos reformados e pensionistas, significa retirar o rendimento a milhões de portugueses muitos deles já fortemente atingidos. Trata-se com a redução brutal do poder de compra, de um profundo golpe na economia que vai conduzir à falência de dezenas de milhares de pequenas e médias empresas designadamente do pequeno comércio, aumentando o desemprego e a pobreza.

O mesmo governo que diz não à aplicação do efectivo pagamento de impostos da banca, da especulação na bolsa e das transferências para os paraísos fiscais dada “a delicadeza do sector financeiro”, como ontem dizia um membro do Governo, não hesita em ser o carrasco da vida de tantas famílias que têm no subsídio de natal a última possibilidade de responderem a necessidades extremas incluindo o pagamento de compromissos cujo incumprimento as pode levar a perder a casa onde habitam.
Sacam os rendimentos a milhões de portugueses, para pagamento de juros especulativos, para aumentar os lucros e o poder do capital financeiro, para tapar buracos de fraudes como as do BPN e do BPP onde no ano passado já foram despejados 2 mil milhões de euros.


Sim, este corte não é para resolver os problemas do País, mas para continuar o esbulho, para financiar a especulação e tapar as fraudes. Veja-se, ontem foi anunciado o corte no subsídio de Natal, hoje mesmo foi publicado um despacho em que são transferidos mais mil milhões de euros de dinheiro público para o BPN para serem entregues a quem vai ser dado o banco no processo de privatização. Fica assim claro qual o destino dos 850 milhões do corte do subsídio de Natal.

Por isso aqui afirmamos. A medida de corte do subsídio de Natal foi anunciada mas a única solução é rejeitá-la e abandoná-la. É uma brutalidade a que o PCP diz não. É um saque, uma agressão, um assalto a que os trabalhadores e povo português resistirão."


Francisco  Lopes


Profissão
Electricista

Cargos que desempenha
Deputado na Assembleia da República;
Membro da Comissão política e do secretariado do Comité Central do PCP;

ENVC - OS MALEFÍCIOS DE ADMINISTRAÇÕES INCOMPETENTES?


Ex-presidente dos estaleiros de Viana aconselha administração a fazer contas antes de despedir trabalhadores

Ontem

O ex-presidente executivo dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, contra-almirante Victor Brito, aconselhou a administração a "fazer contas" antes de avançar com a dispensa de 380 trabalhadores, considerando que a medida pode ter "custos elevados".
Em artigo publicado na Revista da Marinha, Victor Brito sublinha que as obrigações contratuais que os ENVC tem para com um armador da Venezuela, para a construção de dois navios para o transporte de asfalto, "não podem deixar de ser tomadas em consideração no esgrimir dos argumentos em matéria de racionalização de efectivos".
Em Outubro de 2010, os ENVC assinaram um contrato, superior a 128 milhões de euros, para a construção de dois navios asfalteiros para a empresa venezuelana PDVSA Naval, filial da Petróleos da Venezuela SA.
Com 27 mil toneladas cada um, o prazo para entrega do primeiro asfalteiro é de 36 meses, sendo o segundo entregue nove meses depois.
O contrato garante 1,2 milhões de horas de trabalho aos ENVC.
"É necessário ter em consideração que em Portugal não existe um mercado estruturado de subcontratação na área específica da indústria naval. É evidente que se pode sempre subcontratar empresas operando noutras regiões e até em países estrangeiros, mas os respetivos encargos são muito mais elevados do que o que terá sido orçamentado, e terá fortes reflexos nos resultados finais da execução do contrato, a apurar dentro de quatro ou cinco anos", refere.
Victor Brito acrescenta que mesmo a subcontratação corrente é, regra geral, mais dispendiosa em Viana do Castelo do que nos distritos de Lisboa e Setúbal.
"É evidente que alguns pensarão recorrer a mini firmas que recrutarão os que entretanto se desvincularem do estaleiro. Há que fazer contas para ver o resultado dessa operação", adverte.
Em junho, a administração dos ENVC manifestou intenção de dispensar, até finais do ano, 380 dos 720 trabalhadores, uma medida tida como "indispensável" para garantir a sobrevivência da empresa.

Os ENVC tiveram um resultado negativo de 40 milhões de euros no exercício de 2010, apresentando atualmente um passivo de 200 milhões de euros.
A dispensa daqueles trabalhadores consta do plano de reestruturação encomendado pela atual administração dos ENVC, nomeada em meados de 2010, que Victor Brito integrou durante menos de cinco meses, até pôr o lugar à disposição, sem revelar as razões.
"Desconhece-se se as outras parcelas do programa de reestruturação (saneamento financeiro, fundo de pensões, reestruturação orgânica e investimentos, relações de trabalho e acordos laborais) irão ser implementadas conforme propostas ou não", escreve ainda Victor Brito.

JORNADA DE LUTA DOS TRABALHADORES DOS ENVC EM DEFESA DOS POSTOS DE TRABALHO

Artigo Parcial - PUBLICADO NO PORTAL DO JORNAL DE NOTICIAS  

sexta-feira, 1 de julho de 2011

IMPORTANTE ARTIGO DE LEONARDO BOFF

Crise terminal do capitalismo?
22/06/2011
Por Leonardo Boff *

Tenho sustentado que a crise atual do capitalismo é mais que conjuntural e estrutural. É terminal. Chegou ao fim o gênio do capitalismo de sempre adapatar-se a qualquer circunstância. Estou consciente de que são poucos que representam esta tese. No entanto, duas razões me levam a esta interpretação.
A primeira é a seguinte: a crise é terminal porque todos nós, mas particularmente, o capitalismo encostou-nos aos limites da Terra. Ocupamos, depredando, todo o planeta, desfazendo seu sutil equilíbrio e exaurindo excessivamente seus bens e serviços a ponto de ele não conseguir, sozinho, repor o que lhes foi sequestrado. Já nos meados do século XIX Karl Marx escreveu profeticamente que a tendência do capital ia na direção de destruir as duas fontes de sua riqueza e reprodução: a natureza e o trabalho. É o que está ocorrendo.

A natureza, efetivamente, se encontra sob grave estresse, como nunca esteve antes, pelo menos no último século, abstraindo das 15 grandes dizimações que conheceu em sua história de mais de quatro bilhões de anos. Os eventos extremos verificáveis em todas as regiões e as mudanças climáticas tendendo a um crescente aquecimento global falam em favor da tese de Marx. Como o capitalismo vai se reproduzir sem a natureza? Deu com a cara num limite intransponível.


O trabalho está sendo por ele precarizado ou prescindido. Há grande desenvolvimento sem trabalho. O aparelho produtivo informatizado e robotizado produz mais e melhor, com quase nenhum trabalho. A consequência direta é o desemprego estrutural.
Milhões nunca mais vão ingressar no mundo do trabalho, sequer no exército de reserva. O trabalho, da dependência do capital, passou à prescindência. Na Espanha, o desemprego atinge 20% no geral e 40% e entre os jovens. Em Portugal 12% no país e 30% entre os jovens. Isso significa grave crise social, assolando neste momento a Grécia. Sacrifica-se toda uma sociedade em nome de uma economia, feita não para atender as demandas humanas, mas para pagar a dívida com bancos e com o sistema financeiro. Marx tem razão: o trabalho explorado já não é mais fonte de riqueza. É a máquina.

A segunda razão está ligada à crise humanitária que o capitalismo está gerando. Antes se restringia aos países periféricos. Hoje é global e atingiu os países centrais. Não se pode resolver a questão econômica desmontando a sociedade. As vítimas entrelaçam por novas avenidas de comunicação, resistem se rebelam e ameaçam a ordem vigente. Mais e mais pessoas, especialmente jovens, não estão aceitando a lógica perversa da economia política capitalista: a ditadura das finanças que via mercado submete os Estados aos seus interesses e o rentitentismo dos capitais especulativos que circulam de bolsas em bolsas, auferindo ganhos sem produzir absolutamente nada a não ser mais dinheiro para seus rentistas.
Mas foi o próprio sistema do capital que criou o veneno que o pode matar: ao exigir dos trabalhadores uma formação técnica cada vez mais aprimorada para estar à altura do crescimento acelerado e de maior competitividade, involuntariamente, criou pessoas que pensam. Estas, lentamente, vão descobrindo a perversidade do sistema que esfola as pessoas em nome da acumulação meramente material, que se mostra sem coração ao exigir mais e mais eficiência a ponto de levar os trabalhadores ao estresse profundo, ao desespero e, não raro, ao suicídio, como ocorre em vários países e também no Brasil.
As ruas de vários países europeus e árabes, os “indignados” que enchem as praças de Espanha e da Grécia são manifestação de revolta contra o sistema político vigente a reboque do mercado e da lógica do capital. Os jovens espanhóis gritam: “não é crise, é ladroagem”. Os ladrões estão refestelados em Wall Street, no FMI e no Banco Central Europeu, quer dizer, são os sumo-sacerdotes do capital globalizado e explorador.
Ao agravar-se a crise, crescerão as multidões, pelo mundo afora, que não aguentam mais as consequências da super-exploracão de suas vidas e da vida da Terra e se rebelam contra este sistema econômico que faz o que bem entende e que agora agoniza, não por envelhecimento, mas por força do veneno e das contradições que criou, castigando a Mãe Terra e penalizando a vida de seus filhos e filhas.

  • Leonardo Boff é autor de Proteger a Terra - cuidar da vida: como evitar o fim do mundo, Record 2010. Teólogo, filósofo, escritor, professor, ambientalista Brasil